简体中文
繁體中文
English
Pусский
日本語
ภาษาไทย
Tiếng Việt
Bahasa Indonesia
Español
हिन्दी
Filippiiniläinen
Français
Deutsch
Português
Türkçe
한국어
العربية
Resumo:Este artigo analisa a cotação do dólar hoje, os fatores por trás dessa disparada e as implicações para o Brasil.
O dólar abriu o dia 9 de abril de 2025 em forte alta frente ao real, ultrapassando a barreira dos R$ 6,05, impulsionado por uma nova escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Às 10h03, a moeda norte-americana à vista registrava alta de 1,39%, cotada a R$ 6,0820 na venda, enquanto na B3 o contrato futuro de dólar para maio subia 1,26%, alcançando R$ 6,113. O movimento reflete a reação dos investidores à retaliação chinesa às tarifas recíprocas impostas por Donald Trump, que entraram em vigor nesta madrugada, elevando o temor de uma guerra comercial global. Este artigo analisa a cotação do dólar hoje, os fatores por trás dessa disparada e as implicações para o Brasil.
Na manhã desta quarta-feira, o dólar comercial operava a R$ 6,054 na compra e R$ 6,055 na venda às 9h11, segundo dados do mercado à vista, marcando uma alta de 1,11% em relação ao fechamento anterior. Na terça-feira (8), a moeda já havia encerrado o dia com ganho de 1,49%, a R$ 5,9985 — o maior valor desde 21 de janeiro de 2025. Durante o pregão de ontem, o dólar chegou a romper os R$ 6,00 intradia, mas fechou ligeiramente abaixo desse patamar. Hoje, however, a barreira psicológica foi superada com facilidade, refletindo o nervosismo dos mercados após Pequim anunciar uma tarifa de 84% sobre importações dos EUA, em resposta aos 104% impostos por Trump sobre produtos chineses.
Na B3, o dólar para maio — contrato mais líquido no Brasil — subia 0,75% às 9h11, alcançando 6.082 pontos, enquanto o dólar turismo, mais relevante para viajantes, era negociado a R$ 6,006 na compra e R$ 6,186 na venda. A escalada do câmbio é acompanhada por uma fuga de ativos de risco, como moedas emergentes, com o dólar avançando também frente ao peso mexicano, ao rand sul-africano e ao peso chileno. No cenário doméstico, o Banco Central anunciou um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 2 de maio, mas a intervenção parece insuficiente para conter a pressão externa.
A disparada do dólar hoje tem raízes na intensificação do embate comercial entre as duas maiores economias do mundo. As tarifas recíprocas de Trump, que somam 104% sobre bens chineses, entraram em vigor nesta quarta-feira, após um aumento em relação aos 54% inicialmente previstos — uma reação à tarifa de 34% anunciada anteriormente por Pequim. Em contrapartida, a China elevou sua retaliação para 84%, surpreendendo o mercado que esperava uma resposta mais moderada. “Hoje temos continuidade da aversão ao risco, muito por conta da efetivação das tarifas dos EUA e da retaliação da China. O temor de recessão se espalha, e nossa economia seria muito afetada”, destacou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
O conflito tarifário começou a ganhar força em 2 de abril, quando Trump anunciou as medidas iniciais, mas a falta de avanços nas negociações e a escalada retaliatória de ambos os lados alimentam previsões sombrias. Analistas temem que o impacto econômico dessas tarifas — que afetam uma relação comercial de US$ 582,4 bilhões em 2024, segundo o USTR — possa desencadear inflação global e até uma recessão. No Brasil, a alta do dólar reflete essa incerteza, amplificada pela dependência do país de exportações de commodities e pela sensibilidade do real a choques externos.
A cotação elevada do dólar tem efeitos diretos na economia brasileira. Itens como gasolina, trigo (usado no pão), café e produtos importados tendem a encarecer, já que os custos de produção e importação sobem com a moeda americana mais forte. André Braz, economista do FGV Ibre, explica: “O câmbio pressiona o preço de itens comercializados mundialmente. À medida que o tempo passa, as transações comerciais vão se ajustando a essa nova taxa, e o repasse aos preços se torna inevitável.” Na prática, o impacto inicial recai sobre a produção, mas logo chega ao varejo, mantendo a inflação persistente.
Dados recentes do IBGE mostram que as vendas no varejo subiram 0,5% em fevereiro, mas os preços ao produtor caíram 0,12% no mesmo mês, sinalizando uma economia em transição. Com o dólar agora acima dos R$ 6,05, a pressão inflacionária pode se intensificar, desafiando as projeções de especialistas que esperavam uma estabilização em torno de R$ 5,80 para 2025. A ata do Federal Reserve, a ser publicada às 15h de hoje, e os índices de inflação dos EUA (CPI na quinta e PPI na sexta) serão cruciais para calibrar as expectativas sobre os juros americanos, que influenciam o fluxo de capitais para emergentes como o Brasil.
Enquanto EUA e China trocam tarifas, outros parceiros comerciais adotam posturas distintas. Japão e União Europeia priorizam negociações com Trump, evitando retaliações imediatas, mas o clima global permanece tenso. “São as duas maiores economias, bastante integradas até recentemente. Uma ruptura desse calibre pode trazer dificuldades econômicas significativas”, alerta Leonel Oliveira Mattos, da Stonex. No Brasil, o Ibovespa, que caiu 1,32% na terça após o anúncio de Trump, deve seguir pressionado hoje, refletindo a saída de investidores de ativos de risco.
A projeção para o dólar em 2025, que já atingiu R$ 6,26 em dezembro de 2024 após medidas como a isenção de IR anunciada por Fernando Haddad, agora enfrenta um novo teste. Apesar da intervenção “correta” do Banco Central, segundo o ministro, o real segue vulnerável. Para os brasileiros, o dólar alto significa não apenas produtos mais caros, mas também viagens internacionais menos acessíveis e uma inflação que pode corroer o poder de compra.
O salto do dólar acima de R$ 6,05 em 9 de abril de 2025 marca um momento de alta tensão nos mercados globais, com a guerra comercial EUA-China como protagonista. Para o Brasil, o impacto imediato é um câmbio pressionado e a ameaça de inflação, enquanto o mundo aguarda os próximos passos do Fed e eventuais negociações que possam aliviar o confronto. Traders e consumidores devem se preparar para um período de volatilidade, onde a prudência e o acompanhamento em tempo real da cotação serão essenciais para navegar esse cenário desafiador.
Palavras-chave: Dólar Hoje, Cotação do Dólar, Real, Guerra Comercial, Tarifas Trump, Retaliação China, Inflação, Mercado Forex, Banco Central, Ibovespa, Moedas Emergentes, USD/BRL, Volatilidade, Economia Brasileira
Isenção de responsabilidade:
Os pontos de vista expressos neste artigo representam a opinião pessoal do autor e não constituem conselhos de investimento da plataforma. A plataforma não garante a veracidade, completude ou actualidade da informação contida neste artigo e não é responsável por quaisquer perdas resultantes da utilização ou confiança na informação contida neste artigo.
FOREX.com
FBS
Pepperstone
OANDA
Trive
Exness
FOREX.com
FBS
Pepperstone
OANDA
Trive
Exness
FOREX.com
FBS
Pepperstone
OANDA
Trive
Exness
FOREX.com
FBS
Pepperstone
OANDA
Trive
Exness