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Resumo:Este artigo explora os fatores por trás dessa disparada, analisa as tendências técnicas do mercado de ouro e oferece insights para investidores brasileiros que buscam navegar esse cenário volátil.
O mercado de ouro atingiu um marco histórico em 21 de abril de 2025, com o preço spot do ouro ultrapassando US$ 3.400 por onça troy, alcançando um pico recorde de US$ 3.424,25 antes de estabilizar em US$ 3.404,40 por volta das 12h GMT. Esse aumento de 2,6% em um único dia reflete a crescente busca por ativos de refúgio seguro em meio a incertezas globais, incluindo a intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, a desvalorização do dólar americano e a perspectiva de cortes nas taxas de juros. Este artigo explora os fatores por trás dessa disparada, analisa as tendências técnicas do mercado de ouro e oferece insights para investidores brasileiros que buscam navegar esse cenário volátil.
A ascensão do ouro a níveis nunca antes vistos é impulsionada por uma combinação de tensões geopolíticas, políticas monetárias e dinâmicas de mercado. Abaixo, detalhamos os principais catalisadores:
A imposição de tarifas agressivas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desencadeou uma escalada nas tensões comerciais globais. Em 2 de abril de 2025, Trump anunciou tarifas “recíprocas” contra mais de 180 países, com tarifas específicas contra a China atingindo 145% e, posteriormente, 245% após retaliações chinesas. A China respondeu com tarifas de 125% sobre produtos americanos e ameaçou medidas adicionais contra países que firmarem acordos comerciais com os EUA em detrimento de seus interesses.
Essas ações elevaram o índice de incerteza de política econômica a um nível recorde em 40 anos, alimentando temores de uma recessão global. Como resultado, investidores estão migrando para o ouro, um ativo reconhecido por sua liquidez e capacidade de preservar valor em tempos de crise. David Meger, diretor de trading de metais da High Ridge Futures, destacou: “À medida que as tensões tarifárias avançam em ritmo acelerado, continuamos a ver os preços do ouro subindo como resposta de refúgio seguro.”
O dólar americano atingiu sua mínima em dois anos, com o índice DXY caindo para níveis próximos de 98 em 21 de abril de 2025. Essa desvalorização, parcialmente atribuída às ameaças de Trump de interferir na independência do Federal Reserve (Fed), torna o ouro mais atraente para detentores de outras moedas. Um dólar mais fraco reduz o custo relativo do ouro, que é precificado em dólares, estimulando a demanda global. Linh Tran, analista de mercado da XS.com, observou: “A combinação de tarifas, tensões comerciais e preocupações com a independência do Fed está impulsionando a demanda por ouro.”
A perspectiva de cortes nas taxas de juros pelos bancos centrais globais tem favorecido o ouro, um ativo que não gera rendimentos e se beneficia em ambientes de juros baixos. O Banco Central Europeu (BCE) reduziu suas taxas em 25 pontos-base na semana anterior, enquanto o mercado precifica dois cortes de 25 pontos-base pelo Fed em 2025, com uma possível redução adicional em 2026. Taxas de juros mais baixas diminuem o custo de oportunidade de manter ouro, tornando-o mais competitivo frente a ativos como títulos do Tesouro americano.
Os bancos centrais intensificaram suas compras de ouro, com a China liderando ao expandir suas reservas pelo quinto mês consecutivo. A Goldman Sachs estima que a demanda mensal de bancos centrais subiu para 70 toneladas, ante 50 toneladas anteriormente, refletindo preocupações com a estabilidade de ativos em dólar após sanções a reservas russas em 2022. Além disso, ETFs lastreados em ouro registraram um aumento de 107,5 toneladas em 2025, com destaque para o SPDR Gold Trust (+32 toneladas) e forte demanda na Alemanha (+15,2 toneladas), Reino Unido (+14,1 toneladas) e China (+13 toneladas).
Apesar de sinais de desescalada, como discussões entre Irã e EUA sobre um acordo nuclear e um cessar-fogo de um dia proposto por Vladimir Putin na Ucrânia, as tensões geopolíticas permanecem elevadas. A instabilidade nas relações com aliados da OTAN e a deterioração do comércio global reforçam a percepção do ouro como um ativo seguro.
O preço spot do ouro exibe uma tendência de alta robusta, mas sinais técnicos sugerem cautela. O gráfico diário mostra:
A análise de extensões de Fibonacci, aplicada a partir da mínima de dezembro de 2024 (US$ 2.600), sugere um alvo potencial de US$ 3.900 para o ouro, alinhado com previsões otimistas. No entanto, Jim Wyckoff, analista sênior da Kitco Metals, alerta: “Esses movimentos diários maiores no preço do ouro são uma pista inicial de que este mercado altista maduro está próximo de um clímax, e um topo de curto prazo pode estar próximo, mais do ponto de vista temporal do que de preço.”
Os analistas estão otimistas, mas cautelosos, sobre o futuro do ouro:
Fatores que podem influenciar essas projeções incluem:
No Brasil, o ouro é negociado em reais por grama, mas segue o preço spot internacional. Com o dólar cotado a R$ 5,7372 (venda) em 21 de abril, o preço do ouro por grama é aproximadamente R$ 628,50 (US$ 3.404,40 ÷ 31,1035 × R$ 5,7372). Para investidores brasileiros, o ouro oferece uma proteção contra a inflação e a desvalorização do real, mas exige estratégias cuidadosas:
Enquanto o ouro dispara, outros metais preciosos apresentam desempenhos mistos:
A relação ouro/prata está em 80:1, indicando que a prata pode oferecer oportunidades para investidores que buscam maior alavancagem, embora com maior risco.
Investidores brasileiros têm várias opções para acessar o mercado de ouro:
Antes de investir, considere:
O recorde do ouro acima de US$ 3.400 por onça em 21 de abril de 2025 sublinha seu papel como ativo de refúgio seguro em um mundo marcado por tarifas comerciais, incerteza política e um dólar enfraquecido. A combinação de compras por bancos centrais, fluxos para ETFs, cortes nas taxas de juros e tensões geopolíticas sustenta a trajetória altista do metal, embora a sobrecompra no RSI sugira possíveis correções de curto prazo.
Para investidores brasileiros, o ouro oferece uma oportunidade de diversificação e proteção contra a volatilidade do real, mas exige gestão de risco rigorosa. Monitorar eventos como os PMIs globais, discursos do Fed e desdobramentos da guerra comercial será crucial para ajustar estratégias. Como Linh Tran da XS.com conclui, “o ouro continua a brilhar enquanto a incerteza econômica e as tensões comerciais dominam o cenário global”. Em um mercado em transformação, a disciplina e a preparação são as chaves para capitalizar o brilho dourado.
Palavras-chave: Ouro, Preço Spot, Guerra Comercial, Tarifas, Dólar Americano, Refúgio Seguro, Bancos Centrais, ETFs de Ouro, Taxas de Juros, Análise Técnica, RSI, Fibonacci, Investimento em Ouro, Prata, Volatilidade, Gestão de Risco, Brasil
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