Ouro Hoje (26/06/2025): Preço Sobe com Incertezas sobre o Fed e Dólar Fraco

Publicado em 26/06/2025 às 13:20

A cotação do ouro hoje, 26 de junho de 2025, registra ganhos modestos, com o preço do ouro (XAU/USD) oscilando próximo de US$ 3.320 por onça, equivalente a cerca de R$ 591,20 por grama no Brasil, segundo dados do mercado às 09:15 (horário do leste dos EUA). Impulsionado por temores sobre a independência do Federal Reserve (Fed) e a fraqueza do dólar americano, que atingiu a mínima de 3,5 anos, o ouro se beneficia de sua posição como ativo de segurança. No entanto, o otimismo em torno do cessar-fogo entre Israel e Irã limita os ganhos. Este artigo analisa os fatores por trás da alta do ouro, as perspectivas para investidores brasileiros e os dados macroeconômicos que podem influenciar o mercado de ouro nas próximas horas.

Sumário:

1. Cotação Atual do Ouro
2. Fatores Impulsionando a Alta
3. Análise Técnica do Ouro
4. Dados Macroeconômicos e Perspectivas
5. Como Investir em Ouro Hoje
6. Riscos e Oportunidades no Mercado de Ouro
7. Conclusão

Cotação Atual do Ouro

Na manhã de 26 de junho de 2025, o preço do ouro (XAU/USD) abriu a US$ 3.347,50 por onça no mercado de futuros, uma alta de 0,6% em relação ao fechamento de quarta-feira (US$ 3.327,10). Às 09:15 (horário do leste), o preço spot do ouro estava em US$ 3.320 por onça, equivalente a aproximadamente R$ 591,20 por grama no Brasil (considerando a conversão para o real e o peso de 1 onça = 31,1035 gramas). Comparado a um mês atrás (US$ 3.301, ~R$ 588,00 por grama), o ouro registra um ganho de 0,57%, enquanto no último ano o preço subiu impressionantes 45,1%, partindo de US$ 2.328 (~R$ 414,60 por grama) em 26/06/2024. Apesar da volatilidade recente, com o ouro recuando de máximas próximas a US$ 3.500 na semana passada, o metal mantém uma trajetória de alta impulsionada por fatores macroeconômicos.

Fatores Impulsionando a Alta

1. Incertezas sobre o Federal Reserve: Declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a possível substituição do presidente do Fed, Jerome Powell, alimentam temores sobre a independência do banco central. A possibilidade de uma política monetária mais dovish, com cortes de juros acelerados, pressiona o dólar americano, que atingiu a mínima de 3,5 anos. Um dólar mais fraco eleva o preço do ouro em reais, tornando-o mais atrativo para investidores brasileiros.
2. Expectativas de Corte de Juros: Apostas de que o Fed pode reduzir as taxas de juros em até 50 pontos-base até o final de 2025 enfraquecem o dólar e beneficiam o ouro, que não rende juros. Powell destacou a necessidade de avaliar o impacto inflacionário das tarifas propostas por Trump, mas o mercado antecipa cortes mais agressivos.
3. Demanda de Bancos Centrais: Segundo o World Gold Council, bancos centrais de mercados emergentes continuam aumentando suas reservas de ouro devido a tensões comerciais e riscos globais. Esse movimento eleva a demanda por ouro, pressionando os preços para cima.
4. Déficit Fiscal dos EUA: A Bank of America prevê que o ouro pode atingir US$ 4.000 por onça (~R$ 712,60 por grama) em 2026, um aumento de 20% em relação aos níveis atuais, impulsionado pelo crescente déficit fiscal americano (dívida/PIB de 123% em 2024) e preocupações com a sustentabilidade fiscal. Gastos com juros da dívida, que consomem 16% do orçamento federal, reforçam a percepção do ouro como hedge contra inflação.
5. Tensões Geopolíticas: Apesar do cessar-fogo entre Israel e Irã reduzir a aversão ao risco, incertezas persistentes em outras regiões, como o conflito Rússia-Ucrânia, mantêm o ouro como uma escolha segura para investidores.

Análise Técnica do Ouro

Do ponto de vista técnico, o ouro enfrenta um cenário de cautela. Após romper o suporte de um canal ascendente de curto prazo no início da semana, o preço encontrou suporte próximo de US$ 3.300 (~R$ 587,80 por grama), um nível crítico. Osciladores neutros nos gráficos diário e de 4 horas sugerem falta de convicção altista, mas a incapacidade dos ursos de empurrar o preço abaixo de US$ 3.300 indica resistência.

• Resistências: A região de US$ 3.368-3.370 (~R$ 599,90-600,30 por grama) é uma barreira imediata. Uma quebra sustentada pode levar o ouro a US$ 3.400 (~R$ 605,60 por grama), com potencial para atingir US$ 3.434-3.435 (~R$ 611,60-611,80 por grama) ou até a máxima histórica de US$ 3.500 (~R$ 623,40 por grama).
• Suportes: Caso o suporte de US$ 3.300 (~R$ 587,80 por grama) seja rompido, o ouro pode cair para US$ 3.245 (~R$ 577,90 por grama), seguido por US$ 3.210-3.200 (~R$ 571,80-570,00 por grama) e US$ 3.175 (~R$ 565,30 por grama).

Nossos especialistas atribuem ao ouro um Wyckoff's Market Rating de 6,5, indicando vantagem técnica para os touros no curto prazo, mas com resistência significativa em US$ 3.385 (~R$ 603,00 por grama) e US$ 3.400 (~R$ 605,60 por grama).

Dados Macroeconômicos e Perspectivas

Os traders aguardam dados macroeconômicos dos EUA nesta quinta-feira, incluindo:

• PIB do 1º Trimestre (estimativa final): Pode indicar a força da economia americana.
• Pedidos de Seguro-Desemprego Semanal: Reflexo da saúde do mercado de trabalho.
• Encomendas de Bens Duráveis e Vendas Pendentes de Casas: Indicadores de atividade econômica.
• Índice de Atividade Nacional do Fed de Chicago e Pesquisa de Manufatura do Fed de Kansas City: Dados regionais que influenciam o sentimento do mercado.

Além disso, discursos de membros do FOMC podem oferecer pistas sobre o caminho dos cortes de juros. Na sexta-feira, o Índice de Preços PCE, principal medida de inflação do Fed, será crucial para determinar a direção do ouro. Um aumento da inflação pode reforçar a demanda por ouro como hedge contra inflação, enquanto números mais fracos podem limitar os ganhos.

Como Investir em Ouro Hoje

Investir em ouro pode ser uma estratégia para diversificação de portfólio e proteção contra incertezas econômicas. As opções incluem:

• Ouro Físico: Barras e moedas, como a American Gold Eagle, ideais para investidores que buscam um ativo de segurança tangível, com preços em reais refletindo a cotação atual (~R$ 591,20 por grama).
• ETFs de Ouro: Fundos negociados em bolsa, como o SPDR Gold Shares, oferecem liquidez e facilidade de negociação.
• Futuros de Ouro: Contratos para especular sobre preços futuros, adequados para traders experientes.
• Ações de Mineração: Empresas como Barrick Gold permitem exposição indireta ao ouro.
• Gold IRA: Contas de aposentadoria que permitem investir em ouro sem a necessidade de armazenamento físico.

James Taska, consultor financeiro, destaca que ETFs são ideais para ajustar alocações de ouro devido à menor variação de spreads em comparação com o ouro físico. Para investidores brasileiros, a conversão do preço do ouro para reais (atualmente ~R$ 591,20 por grama) deve ser considerada, especialmente em um contexto de dólar volátil.

Riscos e Oportunidades no Mercado de Ouro

Oportunidades:

• Demanda Crescente: A compra de ouro por bancos centrais e investidores em busca de investimento seguro sustenta a alta de longo prazo.
• Previsão de Alta: A Bank of America prevê US$ 4.000 por onça (~R$ 712,60 por grama) em 2026, impulsionada por déficits fiscais e um dólar fraco.
• Diversificação: O ouro oferece proteção contra volatilidade do mercado de ações e inflação, especialmente relevante com o preço em reais em alta.

Riscos:

• Volatilidade de Curto Prazo: O ouro caiu 1,1% na última semana, refletindo oscilações devido ao otimismo com o cessar-fogo Israel-Irã.
• Resistência Técnica: A incapacidade de romper US$ 3.370 (~R$ 600,30 por grama) pode limitar ganhos imediatos.
• Dados Macroeconômicos: Resultados inesperados do Índice PCE ou decisões do Fed podem pressionar o preço.

Conclusão

A cotação do ouro hoje, 26/06/2025, reflete ganhos modestos, com o preço em US$ 3.320 por onça (~R$ 591,20 por grama), impulsionado por temores sobre a independência do Fed, um dólar fraco e compras de bancos centrais. Apesar da volatilidade recente, o ouro mantém uma trajetória de alta, com previsões otimistas de atingir US$ 4.000 (~R$ 712,60 por grama) em 2026, conforme a Bank of America. Para traders e investidores brasileiros, o ouro oferece oportunidades de diversificação de portfólio e proteção contra incertezas econômicas, mas a cautela é necessária devido a resistências técnicas e eventos macroeconômicos iminentes.

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